O hiperparatireoidismo terciário é uma condição bastante particular, na qual um paciente com diagnóstico de hiperparatireoidismo secundário devido a doença renal crônica com realização de diálise é submetido, com sucesso, ao transplante renal, e deixa de apresentar a doença renal crônica dependente de diálise.
Em condições normais, ao retirar o estímulo da doença renal crônica terminal, seria esperado que os níveis de PTH diminuíssem gradativamente; porém, no hiperparatireoidismo terciário as glândulas paratireoides perdem a capacidade de diminuir a produção do PTH, mantendo-o persistentemente alto. Esta condição é denominada “autonomização das glândulas paratireóides”, que é o motivo do hiperparatireoidismo terciário.
Quais são os sintomas do hiperparatireoidismo terciário?
Assim como no hiperparatireoidismo primário, na maioria das vezes o paciente portador de hiperparatireoidismo terciário não vai apresentar sintomas. O diagnóstico e acompanhamento são realizados através de exames laboratoriais.
Além da possibilidade de alteração do metabolismo ósseo, incluindo perda de massa óssea e fraturas, o hiperparatireoidismo terciário pode afetar o funcionamento do rim transplantado, o que constitui uma condição que demanda resolução com brevidade, a fim de preservar o órgão transplantado.
Quais são as opções de tratamento?
O único tratamento efetivo para o hiperparatireoidismo terciário é o tratamento cirúrgico. A cirurgia realizada nestes casos é a mesma utilizada nos casos de hiperparatireoidismo secundário: trata-se da Paratireoidectomia total ou subtotal, já que, em ambos os casos, a produção excessiva de PTH ocorre por várias ou todas as glândulas.